Estudo da Universidade de Missouri mostra alta eficácia na hora de lidar com problema que afeta saúde humana de maneira dramática
__________________________________________________________________________________________
A crescente ameaça dos microplásticos à saúde humana e ao meio ambiente tem desafiado cientistas em todo o mundo e preocupado a população.
Essas partículas microscópicas, presentes em diferentes formas e concentrações mínimas – até no cérebro humano -, são difíceis de detectar e remover, em especial, da água.
No entanto, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Missouri acaba de apresentar uma solução promissora utilizando solventes eutéticos profundos hidrofóbicos (HDESs).
O estudo, liderado por Piyuni Ishtaweera, Colleen L. Ray, Wyland Filley, Garrett Cobb e Gary A. Baker, e publicado nesta semana demonstrou a eficácia desses solventes na remoção de microplásticos de água doce e salgada.
“Nossa estratégia usa uma pequena quantidade de solvente de design para absorver partículas de plástico de um grande volume de água”, disse Gary Baker, professor associado do Departamento de Química da Universidade de Missouri e autor correspondente do estudo, em comunicado da universidade.
“Atualmente, a capacidade desses solventes não é bem compreendida. Em trabalhos futuros, pretendemos determinar a capacidade máxima do solvente. Além disso, exploraremos métodos para reciclar os solventes, permitindo sua reutilização várias vezes, se necessário”, completou.
Utilizando essas soluções químicas, com diferentes composições, os cientistas alcançaram uma eficiência de extração impressionante, removendo cerca de 98,4% dos microplásticos em uma única passagem. Ao Columbia Daily Tribune, o estudo foi descrito como uma “revolução verde”.
Além da alta eficiência, os componentes desses solventes são considerados benignos para o meio ambiente, e sua hidrofobicidade evita a contaminação da fase aquosa, tornando essa tecnologia uma solução sustentável e promissora para o problema.
Este avanço pode representar um grande passo na luta contra a poluição por nanoplásticos, oferecendo uma nova ferramenta para proteger os ecossistemas aquáticos e a saúde pública.
Por Revista Fórum
Autor Yuri Ferreira
Foto de: Oregon State University